O centenário de Eduardo Lourenço, os 50 anos do 25 de Abril, o Simpósio Internacional de Arte Contemporânea e o Guarda Livros são os destaques da programação cultural da Guarda entre abril e junho. São mais de uma centena de iniciativas para todas as idades e para todos os públicos, numa programação heterogenia e diversificada para ver, ouvir e sentir na BMEL, no Museu da Guarda, no Teatro Municipal , pela Guarda e pelo Concelho, num périplo cultural intenso.
No Teatro Municipal da Guarda (TMG) as celebrações de abril começam no dia 9 de abril com o concerto “Canto do Livre”, pelo Grupo Coral de Maçainhas, e prosseguem com o espetáculo de dança “As Palavras Não Ditas” no dia 13 de abril; com o “Abril na Voz das Crianças”, pelo Outeiro de S. Miguel, dia 19 de abril. No dia 6 de abril, o Festival Termómetro de Fernando Alvim, regressa à Guarda, para dar a conhecer novos valores da música portuguesa. E no dia 13 de abril, a sala de ensaios do TMG, recebe “Crassh Babies 2.0”, um concerto para bebés e pais. A CiM – Companhia de Dança vai apresentar, no dia 18 de abril, “RH” onde junta utentes da CERCIG, após residência artística. A cantora galega Uxía, uma das principais vozes da música tradicional espanhola, vai tocar no dia 20 de abril, apresentando um repertório dos seus mais de 35 anos de carreira, não esquecendo a influência da música de intervenção de Abril.
No dia 25 de abril, para assinalar a dupla comemoração dos 50 anos do 25 de abril e o 19º aniversário do TMG: Luís Represas, um dos maiores cantores portugueses. De 22 a 26 de abril o teatro “Relatório de um Capitão”, pela Associação Calafrio passará pelas escolas do concelho.
Durante este mês, o Café Concerto receberá a banda de tributo aos Pink Floyd, no dia 12 de abril e a banda de blues-rock Moonshiners, para a apresentação do seu novo álbum, no dia 26.
No início de maio, dia 1, o Grande Auditório recebe o grande espetáculo “Felizmente há Luar”, ópera em antestreia pela Orquestra Filarmónica Portuguesa. A encenação terá como base a obra de Sttau Monteiro e a partitura original do compositor Alexandre Delgado. No dia 9 de maio, o espetáculo de teatro e dança, “Mãe”, da companhia Mochos no Telhado, apresenta uma reflexão sobre o papel e o poder da maternidade em várias culturas. No dia 10, o jovem fadista Francisco Moreira, estreia-se no Pequeno Auditório e no dia seguinte, dia 11, o músico guardense, Tiago José, toca ao vivo as suas canções inspiradoras e pessoais.
Os veteranos do rock alternativo Cabeças de Gado atuam no Café Concerto no dia 3 de maio e a banda de tributo aos Dire Straits toca no dia 24.
Nos dias 17 e 18 de maio, o Grande Auditório acolhe, em coprodução com a ACERT, um grande espetáculo que comemora, em simultâneo, os 50 anos do 25 de abril e o Centenário do Nascimento de Eduardo Lourenço. “25 de abril, A Divina Surpresa” pretende apresentar uma narrativa que tem como ponto de partida S. Pedro do Rio Seco e 1923. A fechar o mês de maio, no dia 29, o trio do músico guardense Marcos Cavaleiro, Hitchpop, apresenta, em estreia nacional, o concerto “6 Dias Fora de Tempo – Música para Eduardo Lourenço”.
No dia 1 de junho, para assinalar o Dia Mundial da Criança e no âmbito da rubrica “Famílias ao Teatro”, o TMG recebe a versão teatral do conto “Os Três Porquinhos”. Nesse dia, o Café Concerto recebe os comediantes Telmo Ramalho e Mário Bomba, para um espetáculo de improviso, “Quase)Amento”.
No dia 4 haverá um workshop de “Introdução às Bases Técnicas do Circo” e a ACERT apresenta dia 8 uma grande produção, “Circo Musicado”. Para terminar o mês de junho, no dia 28, o ator e encenador da Guarda, Luciano Amarelo, apresenta “Cerejal” com base na peça de Tcheckhov, e a banda mítica do rock português, Ecos da Cave, abre o Festival Music Set, que irá decorrer na esplanada do Café Concerto, no dia 29 de junho.
No Museu da Guarda serão várias as exposições de artistas regionais e nacionais que irão estar patentes ao longo dos próximos três meses. Destaque para a inauguração de várias exposições no Museu e nos espaços expositivos existentes nas freguesias do concelho e para as atividades do Serviço Educativo, como oficinas e visitas guiadas.
Destaque para a inauguração da exposição Reflexividade, de Martim Brion, no dia 18 de abril, na Galeria principal do Museu da Guarda, e da exposição Testemunhos de Abril, 24 de abril, organizada pelos professores de História da Escola da Sé no âmbito das iniciativas de cariz cultural que assinalam os 50 anos do 25 de Abril que vai estar patente ao público na galeria d’Arte Evelina Coelho do Museu da Guarda.
No dia 30 de abril, o Museu será palco de uma sessão de cinema sobre a temática do 25 de Abril. O Cineclube da Guarda apresenta 50 anos do 25 de Abril: Outro País de Sérgio Tréfaut, no auditório do Museu. Um filme que dá a conhecer o pós-Revolução dos Cravos, sob o olhar de alguns dos mais importantes fotógrafos e cineastas do mundo. A programação do Museu contará, ainda, com a apresentação pública de catálogos de exposição: A Cidade e as Serras, de Rui Coutinho, no dia 11 de abril, e Territórios de Altitude, de Filipe Patrocínio, no dia 9 de maio.
A 18 de maio, haverá leituras da Paisagem com uma caminhada nos Passadiços do Mondego guiada pela bióloga Elsa Salzedas e pelo técnico superior do Museu dos Meios, Luís Costa, que comentarão a paisagem que envolve o itinerário.
No mês de junho, irá decorrer de 12 a 20 de junho, a oitava edição do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea – Cidade da Guarda, sob o mote de «Aquela manhã clara e limpa», o poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, com destaque para as obras de Albuquerque Mendes na exposição axial do SIAC#8 (curadoria de Paula Pinto). E ainda 15 residências artísticas de pintura, escultura, gravura, instalação e cerâmica com artistas nacionais e internacionais. A aposta na formação artística também será uma constante como cursos de gravura, oficinas de pintura criativa, como a arte urbana.
No que respeita à agenda cultural da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), o segundo trimestre dá seguimento à sua programação variada, dirigida a diversos tipos de público e idades, composta por exposições, leituras encendas, mostra de livros, contos, visitas à biblioteca, palestras e oficinas variadas.
São destaque deste trimestre: a inauguração da exposição “Voz do Silêncio – Prisões Políticas Portuguesas” a 5 de abril, um projeto de reconstituição de Prisões Políticas do Estado Novo, entre 1999 e 2005. A leitura encenada “Era Uma Vez Um Cravo Pela Plataforma 285”, no dia 9 abril, destinada a crianças dos 6 aos 12 anos. Sob a voz de André Loubet o livro conta-nos a viagem do cravo na manhã do dia 25 de abril de 1974.
No dia 17 de abril, a Sala Tempo e Poesia da BMEL, recebe o filme “O Que Podem As Palavras” de Luísa Sequeira e Luísa Marinho. Numa organização em conjunto com o Cineclube da Guarda, a película é um retrato íntimo, na primeira pessoa, das extraordinárias “Três Marias”.
Já no dia 23 de abril, a Associação Calafrio realizará um espetáculo com base na atuação da Censura e no impacto imensurável, no desenvolvimento intelectual e na produção literária do país. A encerrar o mês de abril de 23 a 29, decorrem as Leituras Censuradas (Os Livros que não podiam ser lidos). Esta mostra pretende divulgar junto da comunidade, as obras proibidas.
O mês de maio inicia com a segunda edição do Salão do Livro da Guarda: Guarda-Livro, de 17 a 26 de maio, na Alameda de Santo André. Serão muitos os convidados do panorama nacional e internacional a participar no evento, cujo programa divulgaremos oportunamente.
De 23 de maio a 29 de junho a Biblioteca Municipal recebe a exposição “O Esplendor do Caos – Livros e Bibliotecas de Eduardo Lourenço”. Um conjunto de fotografias de Duarte Belo e Rui Jacinto que procuram abrir algumas janelas para um labirinto infindável de detalhes, informação e conhecimento.
No dia 23 de maio, numa organização do Centro de Estudos Ibéricos, decorrerá a 20ª edição do Prémio Eduardo Lourenço. E no dia seguinte, 24 de maio, na Sala do Tempo e Poesia, haverá conversas “Lembrar Eduardo Lourenço”. Através do programa terapêutico “Schimmelart” os utentes deram asas à sua criatividade e interpretaram de forma singular e emotiva a figura e o legado de Eduardo Lourenço. Destaque, ainda, para a Conferência 500 Anos de Luís de Camões. Henrique Manso, docente do Departamento de Letras da Universidade da Beira Interior, falará da “Autobiografia de Camões: O “Amor Ardente”, Onde “Os Erros e a Fortuna Sobejaram”, no dia 12 de junho.