Linha da Beira Alta deveria reabrir hoje mas prazo foi prolongado até 12 de novembro

Linha do comboio

Reabertura do troço Pampilhosa-Guarda, com 160 quilómetros deveria acontecer neste sábado, 14 de Janeiro, após nove meses de encerramento, para obras de modernização, mas prazo foi prolongado até 12 de Novembro de 2023.

A Infraestruturas de Portugal (IP) previa que a reabertura da circulação no troço ocorresse em Janeiro deste ano, embora o encerramento à exploração no período nocturno e nos fins de semana se mantivesse o resto do ano de 2023, «face à complexidade dos trabalhos».

«Os impactos decorrentes da pandemia covid-19, o prolongar da guerra na Ucrânia, que tem afectado fortemente o mercado da construção, designadamente no tocante à disponibilidade e prazo de fornecimento de materiais de origem ferrosa e as dificuldades sentidas pelos empreiteiros na contratação de sub-empreiteiros, obrigam a constantes adequações do plano de trabalhos, o que contribui de forma decisiva para a necessidade de prolongar o período de encerramento à circulação ferroviária na Linha da Beira Alta», informou a IP.

Nos dias 24 e 25 de Outubro de 2022, a IP reuniu-se com os presidentes das câmaras de Mortágua, Mealhada, Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Nelas, Mangualde, Trancoso, Fornos de Algodres e Guarda, assim como com representantes dos municípios de Gouveia, Pinhel e Celorico da Beira, para detalhar os constrangimentos que têm impactado directamente com a execução das empreitadas.

«Já no decorrer da empreitada, em Setembro de 2021, a IP foi confrontada com a Declaração de Impacto Ambiental relativa à duplicação do IP3, Coimbra – Viseu, que não validou a nova variante a Santa Comba Dão, tendo sido antes aprovada a solução de duplicação do actual troço do IP3. Esta decisão obriga à demolição da atual obra de arte (viaduto) da Linha da Beira Alta no cruzamento com o IP3», indicou.

De acordo com a IP, perante a necessidade de, num futuro próximo, se ver obrigada a voltar a ter que encerrar a Linha da Beira Alta, para proceder à demolição do viaduto e construção de um novo, «decidiu avançar com a execução imediata destes novos trabalhos». «Neste sentido, foi incluída a demolição da actual obra de arte e a construção de uma nova, já preparada para a duplicação do IP3, na empreitada em curso entre Santa Comba Dão e Mangualde. Esta intervenção iniciou-se no corrente mês de Outubro, tendo um prazo total de execução de 270 dias», destacou.

«O transporte de passageiros, até à reabertura da circulação ferroviária, irão continuar a ser garantidos aos clientes da CP, os transportes rodoviários alternativos, que vão permitir às populações a manutenção de um serviço de transporte de qualidade», assegura a IP.

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