A reabertura foi sendo adiada por causa da pandemia e da guerra na Ucrânia, além das quebras nas cadeias logísticas e a falta de mão de obra.
Esta é já a terceira vez que a Infraestruturas de Portugal falha o prazo anunciado para a reabertura deste troço da linha, com o qual o próprio ministro da Infraestruturas, João Galamba, também se comprometeu.
A linha da Beira Alta está em obras desde 2019, sendo que em abril de 2022 a IP encerrou o troço entre Pampilhosa e Guarda para poder levar a cabo as obras sem circulação de comboios. Esta interdição devia ter durado apenas nove meses, para reabrir a linha em janeiro de 2023. No entanto, em outubro de 2022 a IP adiou a reabertura mais de seis meses (devido aos efeitos da pandemia e da guerra) para julho de 2023. No final do ano passado, novo adiamento e o avanço de uma nova data para o fim das obras, que afinal também não vai ser respeitado.
As obras na principal via férrea de ligação à Europa já duram há mais de 50 meses e, em maio deste ano, João Galamba visitou a obra e comprometeu-se com a reabertura a 12 de novembro.
Na altura foi dito que “alguns trabalhos continuarão depois dessa data, mas o principal ficará feito e a expectativa é de que os comboios possam começar a circular a partir dessa data”.
De acordo com o jornal Público, a modernização não inclui a substituição da catenária.
Foram roubados 30 quilómetros de cabo de alta tensão. Mesmo que a via férrea esteja toda assente entre a Pampilhosa e a Guarda até dia 12 de novembro vai continuar a faltar a eletrificação, os sistemas de sinalização e telecomunicações.